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      Júpiter estava em Peixes, graças a Deus, expandindo e potencializando o Sol de Cynthia, derramando seus raios vívidos sobre o solo fecundo, há muito preparado para aquele momento. 
   Cynthia sentia-se leve, em harmonia com o Todo, finalmente. Sentia em cada poro, em cada inspiração, a força dessa conjunção Astral. Seu interior fervilhava, borbulhava, fervia, derramando externamente toda essa energia, transmutada em plenitude e bem estar. Era tão real que quase podia tocar esse estado de espírito.
   Sentia-se vitoriosa. Finalmente havia conseguido se sentir em paz novamente. Teve medo de nunca mais voltar a si. Havia momentos em que recordava o passado recente, involuntariamente, as cenas simplesmente vinham à tona, para depois se desmancharem como fumaça no vento. Nesses momentos, tinha real dimensão de que estava do outro lado do Túnel, de que tudo o que vivera agora era passado, estava longe, distante, como um pesadelo do qual não nos lembramos mais com o passar do tempo. Agradecia a Deus por essa diluição do passado. Seu maior desejo ainda era o de Curar toda e qualquer ferida que porventura ainda houvesse, para que não restasse dor. Cicatrizes, talvez.
   Concentrava-se agora em criar um dia a dia cada vez mais agradável e feliz para si. Tentava perceber as bençãos que Júpiter lhe concedia naquele período, banhando-se naquela Luz de Amor e Sabedoria. 
  Júpiter em conjunção com o Sol. De repente deu-se conta do que isso significava em seu mais amplo sentido. A União estava feita! Seu Mestre estava ali, tão próximo que ela quase não percebia, tamanho o acoplamento. Lágrimas de emoção e contentamento encheram seus olhos. Estava completa. Mas ainda não estava pronta. Era chegado o momento de se preparar para tudo de bom que estava por vir, anunciava o Mestre.